Isso é uma mera ficção, porém, qualquer semelhança com a realidade não será mera coincidência.
UMA IDÉIA SIMPLES E SEM FANTASIA
O termo “universo concreto” se refere a toda matéria que existe no universo. Tudo e todas as coisas que tem existência material, ou seja, tudo que é constituído de matéria, dessa matéria que conhecemos razoavelmente bem, tudo que tem massa portanto, tem uma existência concreta e, a seu todo denominamos “universo concreto”.
No universo concreto não existem a energia e a matéria escuras, não existem o multiverso, os universos paralelos e nem os universos bolha. O universo concreto é único e a ideia de sua existência é muito mais simples do que o universo imaginado por essas hipóteses fantasiosas.
A DIFERENÇA DO UNIVERSO OBSERVÁVEL
O universo concreto é o universo que existe realmente em nosso tempo. Ele é imenso, no entanto, ele é menor do que o universo que conseguimos observar com nossos potentes telescópios.
O universo que conseguimos observar com nossa tecnologia, o universo chamado de universo observável, vai muito além do universo concreto, ele se estende por quase 13.8 bilhões de anos-luz, e engloba todo o universo concreto em seu campo visual.
Já o universo concreto, apesar de imenso, compreende somente o campo inicial, o campo mais próximo, do universo observável. De modo que podemos diferenciar nossas observações como, ou pertencentes ao universo concreto ou pertencentes somente ao universo observável.
ESTAMOS VENDO O PASSADO
Somos capazes de ver imagens belíssimas do espaço distante, porém, nem tudo que vemos existe de fato. Muito, a maior parte do universo mais distante, já não existe mais em nosso tempo, sendo somente imagem do passado.
O universo unicamente observável é muito maior do que o universo concreto, no entanto, só o universo concreto existe realmente de fato em nosso tempo.
Tamanhas são as distâncias no espaço que tudo que vemos é, na realidade, passado, embora possamos estabelecer parâmetros que nos permitam estimar o que de fato existe concretamente no universo do tempo presente.
O TEMPO COMO A NOSSA QUARTA DIMENSÃO
Com a Teoria da Relatividade, aprendemos que o tempo é a quarta dimensão desse conjunto espaço-tempo relativístico por ela descrito.
O tempo, que pode ser somente uma abstração do nosso pensamento, se baseia no movimento, e nós, nos servimos dele para medir e acompanhar o movimento comparativo das coisas e de tudo em direção ao futuro. Se falamos de “tempo”, estamos falando de “movimento”.
UMA DIMENSÃO COMO UMA ENORME DISTÂNCIA NO ESPAÇO
Se o tempo é a representação do movimento, e é também a quarta dimensão do espaço-tempo relativístico – uma dimensão de tempo significa um movimento com enorme distância percorrida; e para ultrapassar uma dimensão de tempo, no tempo presente, é necessário um movimento capaz de percorrer uma distância equivalente ao tamanho do universo.
A LUZ É A ÚNICA CAPAZ DESTA FAÇANHA
Somente uma coisa, ou uma substância, ou imagino lá o que ela seja, e como classificá-la, consegue viajar através do espaço, através dessas descomunais distâncias que existem no espaço. A luz. Sim estamos falando da luz, a única capaz de enfrentar e vencer esse desafio.
INVENTAMOS UMA MÁGICA
Ainda não conseguimos viajar pelo universo da mesma forma que a luz viaja, no entanto temos um coelho na cartola. Aprendemos a viajar de carona com a luz. Viajamos com nossos poderosos telescópios, rastreando e seguindo as pegadas deixadas pela luz, ao passado, mais precisamente às imagens do passado.
FEIXE DE LUZ VERSUS O FOCO DE NOSSAS LENTES
Tanto o feixe de luz, que na sua trajetória curva pela borda do espaço, viaja para frente no tempo, para o futuro portanto, quanto o foco de nossas lentes que, rastreando as pegadas deixadas pela luz, viaja para trás no tempo, para o passado portanto, rompem uma dimensão de tempo quando completam uma volta pelo tamanho do universo.
O foco de nossas lentes, ao dar uma volta completa pelo universo, seguindo as pegadas deixadas pela luz, vai voltar ao mesmo ponto do espaço em que estava, à mesma região do espaço, porém, uma dimensão atrás no tempo. São essas imagens do passado, de dimensões passadas no tempo, que visualizamos através da luz que chega aos nossos telescópios.
UMA LANTERNA AO AVESSO
Se focarmos nossos instrumentos às distâncias corretas e nas direções certas, acredito, poderemos aprender coisas notáveis. Olhar para longe, estudar a fundo as imagens, é um caminho sem dúvida, mas talvez haja um caminho alternativo, também produtivo e enriquecedor, com um olhar diferenciado para as imagens que estamos vendo, um olhar comparativo de diferentes distâncias no espaço e em diferentes dimensões no tempo.
Podemos fazer estudos comparativos de imagens em diferentes distâncias no foco de nossas lentes, em diferentes tempos portanto, buscando visualizar a mesma região em duas dimensões diferentes de tempo, ou seja, a mesma região no espaço em dois diferentes momentos no tempo.
Talvez, desse modo, consigamos tirar uma foto em perspectiva do nosso “fusca galáctico”, mesmo estando dentro dele, nessa nossa mágica viagem pelo espaço e pelo tempo.
O CRIADOR NÃO JOGA DADOS
Quando Einstein diz “o Criador não joga dados”, o que ele está nos dizendo é que nada acontece por acaso, que tudo tem uma razão lógica de ser, que as incertezas trazidas, tanto pela sua Teoria da Relatividade, quanto, e mais ainda, pela Teoria Quântica, não devem influenciar nossa crença no sentido de acreditarmos em causalidades, ou seja, chegarmos a ponto de acreditar em teorias nas quais basta se-lançar os dados que tudo, toda e qualquer fantasia, se torna possível.
PARA FINALIZAR, UMA PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
Se o universo tivesse um tamanho, que tamanho você arrisca dizer que ele teria?